segunda-feira, 28 de março de 2011

Teatro em Portugal

O TEATRO EM PORTUGAL
Gil Vicente (1465 – 1536?) é considerado o fundador do teatro português, no século XVI. Em 1526, com a sua Farsa dos Almocreves, fala do Brasil.

António Ferreira (Lisboa, 1528 – 1569) Estudou em Coimbra e foi o discípulo mais famoso de Sá de Miranda, tendo sido um dos impulsionadores da cultura renascentista em Portugal. Foi publicada em 1587, a primeira tragédia do classicismo renascentista português, Castro, inspirada nos amores de D. Pedro I e D. Inês de Castro, traduzida para o inglês em 1597, e posteriormente, para o francês e o alemão.

D. José, rei de Portugal - Após a morte de D. João V (em 1750), D. José inicia uma profunda reestruturação da política cultural. Para tal conta com o apoio de Sebastião de Carvalho e Mello entre outros. Os esforços comuns proporcionam a contratação dos melhores castrados, compositores e instrumentistas. Simultaneamente é contratada uma equipa encabeçada pelo arquitecto e cenógrafo bolonhês Giovanni Carlo Sicinio Galli Bibiena, que concebe entre 1752 e 1755 três teatros de corte em Portugal. O Teatro do Forte, igualmente denominado por Teatro da Sala do Embaixadores, localizado no Torreão erigido por Filippo Terzi no Palácio da Ribeira. O Teatro Real de Salvaterra de Magos, localizado no palácio real dessa vila ribatejana, tendo sido inaugurado a 21 de Janeiro de 1753. Finalmente é inaugurado em Lisboa, a 31 de Março de 1755, a Casa da Ópera (na continuação do Palácio da Ribeira), mais conhecido por Ópera do Tejo, por se situar junto ao rio do mesmo nome, num espaço entre os actuais Terreiro do Paço (Praça do Comércio) e Cais do Sodré. Seria a estrutura mais luxuosa e inovadora do género na Europa, se não fosse o terrível Terramoto de 1755, que o derrubo com apenas sete meses de vida.

Almeida Garrett (Porto, 1799 – Lisboa, 1854) foi um proeminente escritor e dramaturgo romântico, que fundou o Conservatório Geral de Arte Dramática, edificou o Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa e organizou a Inspecção-Geral dos Teatros, revolucionando por completo a política cultural portuguesa a partir de 1836, no rescaldo das Guerras Liberais. Frei Luís de Sousa é a sua grande obra.

Para além destes 4 senhores, existem mais pessoas que ajudar a impulsionar o Teatro em Portugal. 
No século XX, encontram-se grandes nomes da literatura portuguesa a escrever peças de teatro, como é o caso de Júlio Dantas (à esquerda), Raúl Brandão (ao centro) e José Régio (à direita).  



  
Perto do ano 1960, o contexto político fomentou uma nova literatura de intervenção, que se estendeu aos palcos através dos nomes de Bernardo Santareno (imagem 1) , Luiz Francisco Rebello (imagem 2), José Cardoso Pires (imagem 3) e Luís de Sttau Monteiro (imagem 4).
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Neste momento, em Portugal existe um teatro que se renova constantemente e que se caracteriza pela sua enorme diversidade. São vários os grupos que se têm destacado na cena contemporânea portuguesa: Casa Conveniente, Teatro Praga, Cão Solteiro, As Boas Raparigas, Teatro da Garagem, Teatro Meridional, Sensurround, Assédio e A Escola da Noite. Estes grupos têm renovado um panorama que até a década de 1990 era ainda dominado pelos encenadores carismáticos dos grupos independentes da década de 1970, como Luís Miguel Cintra - Teatro da Cornucópia (imagem 5), João Mota - Comuna Teatro de Pesquisa (imagem 6), Jorge Silva Melo - Artistas Unidos (imagem 7) e Joaquim Benite - Companhia de Teatro de Almada (imagem 8).

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Destaca-se ainda as companhias de teatro que desenvolvem um trabalho de itinerância por todo o território do país, como são os casos do Teatro ACERT (Tondela), dos Cães à Solta (Castelo Branco), do Teatro da Serra do Montemuro (Castro Daire), o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas (Arouca), Pim teatro (Évora), Urze-Teatro (Vila Real), Teatro das Beiras (Covilhã), Entretanto Teatro (Valongo), Teatro do Mar (Sines), entre outros.
Com grande divulgação encontra-se o Festival Alkantara, Festival de Almada, FITEI (Porto), Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia e Citemor (Montemor-O-Velho), entre outros.

Fonte:

Dia Mundial do Teatro

Ontem, dia 27, comemorou-se o Dia Mundial do Teatro, mas desculpem só hoje é que consegui postar sobre este dia. Irei dar-vos a conhecer um pouco da história do Teatro e a sua comemoração, bem como a origem desta arte em Portugal e informações sobre o Museu Nacional do Teatro. 


A HISTÓRIA DO TEATRO
Comecemos por dar uma pequena definição da palavra Teatro. Teatro do grego théatron (θέατρον) é uma forma de arte em que um actor ou conjunto de actores, interpreta uma história ou actividade para o público num determinado local. Com o auxílio de dramaturgos (autores de peças teatrais) ou de situações improvisadas, de directores e técnicos, o espetáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.

A origem do teatro não tem data nem local exactos. Existem várias teorias que não podem ser comprovadas, pois há mais especulações que evidências. Os antropologistas elaboraram a hipótese de que este teria surgido a partir dos rituais primitivos. Outras das hipóteses é que tenha surgido a partir do facto de se contar histórias ou através de danças, jogos e imitações. Os rituais na história da humanidade começaram por volta de 80.000 anos a.C.

O primeiro evento com diálogos registado foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo Egipto. A apresentação era sobre o mito de Osíris e Ísis, por volta de 2500 a.C., que conta a história da morte e ressurreição de Osíris e a coroação de Horus. As representações mais conhecidas e a primeira teorização sobre teatro vieram dos antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se tem notícia, a Poética de Aristóteles.

As formas teatrais orientais foram registadas por volta do ano 1000 a.C., com o drama sânscrito do antigo teatro Indu. Na China, o teatro iniciou-se na mesma época, porém no Japão, as formas teatrais Kabuki, Nô e Kyogen têm registos apenas no século XVII d.C.

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DO TEATRO
O Dia Mundial do Teatro (27 de Março) celebra-se desde de 1962, devido à sua história e ao importante valor que representa na formação e educação cultural da sociedade.
Para comemorar este dia, estão a decorrer muitas actividades em palcos do nosso país:

=> Cemitério dos Prazeres celebra Chapitô
É uma celebração conjunta, que comemora simultaneamente o Dia Mundial do Teatro, 30 anos do projecto Chapitô, 20 anos do projecto educativo EPAOE Escola profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô e 15 anos de teatro físico e do gesto da Companhia do Chapitô. Cemitério dos Prazeres, a nova criação da Companhia do Chapitô, serve para assinalar estas datas relevantes na história deste grupo e estará em cena na Tenda do Chapitô, em Lisboa, até dia 24 de Abril, e com porta aberta a 27 de Março. http://chapito.org/?s=events

=> Morte de Judas na Cornucópia
Com estreia marcada para 2 de Março, a Morte de Judas estará em cena no teatro da Cornucópia e conta ainda com uma curta série de representações no Teatro do Bairro Alto. Para ver nos dias 24, 25, 26, 27 e 31 de Março e 1, 2 e 3 de Abril, de quinta-feira a Sábado às 21h30h e ao domingo às 16h00. Os bilhetes custam 15 euros. http://www.teatro-cornucopia.pt/htmls/conteudos/EkulEAAFkkAMCwZPoS.shtml

=>A Pérola na Malaposta
A mítica obra de John Steinbeck é adaptada ao teatro pela Companhia da Esquina em co-produção, estreando-se no Centro Cultural da Malaposta dia 31 de Março, onde permanece em exibição até dia 10 de Abril. A Pérola, história de Kino, da sua família e da sua cabana à beira do mar é uma parábola que traduz o eterno contraditório entre o mundo material e o mundo espiritual. Para ver de quinta a sábado às 21h30 e ao domingo às 16h00. http://www.companhiadaesquina.com/

Fontes: